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Objetivos do Tratamento com Radioterapia

Objetivos do Tratamento com Radioterapia



Curativo

Nesta situação há a possibilidade de cura da doença e a radioterapia tem importante papel tanto isolada quanto associada a outros tratamentos. Isoladamente, a radioterapia está indicada para tumores iniciais sensíveis ao tratamento e, portanto, com alta probabilidade de cura, por exemplo, tumores de pele, laringe e linfoma de Hodgkin entre outros. 

Também pode ser utilizada para os pacientes que não têm condições clínicas para a cirurgia, considerados inoperáveis, por cardiopatias ou pneumopatias severas. Outra situação em que o uso é exclusivo da radioterapia são para os tumores considerados irressecáveis, seja pela localização desfavorável do tumor ou pela grande infiltração tumoral que inviabiliza qualquer procedimento cirúrgico para a retirada do tumor. Exemplo dessas situações são tumores localizados em áreas profundas do cérebro bem como tumores que infiltram grandes vasos sanguíneos (tumor de pulmão avançado) ou que estejam aderidos aos órgãos e ossos (tumor de colo uterino avançado).


Paliativo

Embora tenhamos perdido a capacidade de cura da doença, mesmo assim é possível proporcionar qualidade de vida para os pacientes e frequentemente por vários anos. Os tumores podem causar sintomas em seu sítio primário, ou seja, no local onde se originou, bem como a distância (metástases). Os principais sintomas causados pela doença são: dor, compressão e sangramento. Nestas situações a radioterapia pode ser utilizada com objetivo antiálgico (para aliviar a dor), descompressivo e hemostático respectivamente. 


Estratégias do Tratamento Curativo

Ao programar a radioterapia curativa, alguns fatores deverão ser considerados:

A real extensão da doença. Sabe-se que além do tumor detectado através do exame físico ou nos exames de imagem, existe a doença microscópica que pode estar a alguns centímetros do tumor mensurável. Esta doença microscópica é capaz de voltar a crescer no local e até mesmo cair na circulação e disseminar.


O melhor benefício da radioterapia acontece quando se utiliza na forma adjuvante, ou seja, após o procedimento cirúrgico. A justificativa é que a quantidade de células que eventualmente ficaram após a retirada do tumor é pequena. Desta maneira, não há necessidade de doses elevadas para controlar a doença, reduzindo significativamente a taxa de complicações.

Em algumas situações clínicas, felizmente cada vez mais raras, o tumor está muito avançado, são os considerados irressecáveis. Sendo assim, o tratamento deve ser iniciado com quimioterapia. Havendo redução da lesão realiza-se a cirurgia. Caso não ocorra a redução do tumor, a radioterapia pode ser utilizada com intenção pré-operatória.

A radioterapia curativa geralmente é realizada uma vez por dia, muitas vezes com um período de descanso nos fins de semana. O tratamento pode durar entre 2 a 7 semanas. Cada tratamento é chamado de sessão. O tratamento fracionado causa menos danos às células normais do que  às células cancerosas. O dano às células normais é temporário, mas este é o que causa os efeitos colaterais da radioterapia .

Alguns pacientes podem fazer mais de um tratamento por dia ou todos os dias durante duas semanas, incluindo os fins de semana. Às vezes, o tratamento só pode ser realizado três dias por semana, por exemplo, segundas, quartas e sextas-feiras.


Estratégias do Tratamento Paliativo

Quando a célula cancerosa cai na corrente sanguínea, esta pode atingir diferentes órgãos do corpo humano. As regiões mais frequentemente acometidas por estas metástases são os ossos. Chegando lá estas células causam um verdadeiro desarranjo na estrutura óssea, podendo promover a absorção de cálcio, levando ao aumento do risco de fraturas e ao depósito de cálcio de forma desordenada. Em ambas as situações, o sintoma clínico é de dor intensa muitas vezes incapacitante e de difícil controle com medicamentos. Para este tipo de dor, a radioterapia tem ação analgésica potente, proporcionando alívio dos sintomas em aproximadamente 85% dos casos.


As metástases também crescem em outras regiões do corpo e podem causar compressão ou obstrução de estruturas importantes como nervos, vasos sanguíneos (artérias e veias) e  vias aéreas. . Nestas situações a radioterapia promove redução do volume tumoral e consequente alívio dos sintomas. Permitindo com que o paciente retorne completa ou parcialmente a suas atividades.  


A radioterapia paliativa pode ser administrada em apenas uma ou duas sessões de tratamento, mas pode chegar a 10 sessões. Quando o tratamento é realizado em uma ou duas sessões, pode provocar efeitos colaterais a curto prazo, como sintomas de gripe, por exemplo. 


Fonte: http://www.oncoguia.org.br/